quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A nossa voz






(...)A voz pode ser usada como uma maneira de ascender na vida mas, para isso, é importante falar de maneira cadenciada, se possível no tom exato, estendendo as vogais. 

O ser humano não tem uma voz, mas várias, com as quais ele cria emoções, aproxima ou afasta pessoas e, por meio do diálogo, consegue organizar-se, criando sociedades, tornando-se um indivíduo com identidade. 

A revista Evolution and Human Behavior revelou que a voz interfere na conquista amorosa, na duração do relacionamento e nas promoções no trabalho, pois ela é reveladora de vários fatores como a condição física, cultural e emocional. 

A voz é produzida pelas cordas vocais. O ar que acabou de sair dos pulmões passa por elas que, ainda fechadas, sofrem uma pressão deixando o ar passar. Depois de pressionadas, as cordas vocais juntam-se e o ar acumula-se debaixo delas. O recém-nascido tem voz, mas não fala, já que esta é uma organização da linguagem. Na adolescência a voz muda, mas quem continua a falar de maneira infantilizada revela que não fez a transição criança-adulto, provavelmente devido a uma mãe autoritária. 

Entre 30 e 40 anos, a voz do homem baixa uma oitava e nas mulheres, baixa três a quatro tons. Aos 60 anos, a voz do homem fica um pouco mais aguda e as das mulheres, mais grave. A disfonia, ou seja, a rouquidão, reflete a possibilidade de estar vivendo em um ambiente neurótico. A voz destoante pode ser causada por vários motivos, como respirar inadequadamente, deficiência de articulação e ressonância, falta de apoio diafragmático ou até mesmo pela falta de uso. 
Para quem depende da voz, as cordas vocais devem ser tratadas como pedras preciosas. Ela é tão poderosa que, dependendo da sua entonação, resulta em um novo significado. Quanto mais feliz estamos, mais a voz torna-se aguda e, ao ficarmos tristes, o timbre fica empobrecido. Uma pesquisa realizada pela rádio inglesa BBC, elegeu Frank Sinatra como "a voz do milênio", devido à sua dicção perfeita. Votaram ouvintes e uma comissão de músicos e críticos. O segundo lugar ficou com Elvis Presley e o terceiro, com Nat King Cole.



Fonte: Camaçarí Noticias